Terça-feira, 27 de Abril de 2010
Abram alas! Aí vêm o Atração dos Moleques, grupo formado por Diogo (cavaquinho), Jair (repique), Paulo (pandeiro), João (tamborim), Jackson (reco-reco), Cauã (surdo), Gladys (rebolo) e Betinho (violão e voz). Todos se conheceram na escola ligados a um fator comum: o samba. Influenciados pelo Refra, Exalta Samba, Doce Encontro, Jeito Moleque e Revelação, montaram em 2006 o grupo.
Os primeiros ensaios eram feitos na casa de Joaquim “Gominho”, avô de Diogo. A primeira apresentação foi na Praça Central durante as comemorações do 7 de setembro.
No dia 22 de dezembro, o grupo vai abrir – com apoio da Unimed de Machado – o show do Face Racial no salão da Dismabe. O evento está sendo organizado pelo DJ Brown. O próximo passo será a gravação de uma demo com músicas inéditas, entre elas “Sem você não sou ninguém” e “Molecagem”.
Contatos: Diogo + 55 (35) 3295-4031 (Machado-MG)/Brasil
Terça-feira, 7 de Abril de 2009
AMIR MIGUEL, O MAESTRO DO POVO
O Fanzine Episódio Cultural foi até Serrania-MG, conhecer um cidadão que há anos vem se dedicando à formação de novos músicos. Seu nome, Amir Miguel Sobrinho, 67 anos.
Aos 12 anos já tocava trombone, piston, sax e teclado ouvindo sucessos de Francisco Alves, Dalva de Oliveira e Lupicínio Rodrigues, graças ao incentivo de seus pais, o Sr. Antônio Miguel Sobrinho e Maria Moreira Sobrinho.
Uma das pessoas que o ajudou a aprimorar-se foi o maestro Emílio Rodrigues, natural de Areado-MG, que durante 20 anos lecionou em Serrania.
O pai de Amir, cujo apelido era “Totonho”, também foi um grande defensor da cultura. Nos anos 50, ele mantinha uma banda (a Lira Serraniense) e uma companhia de teatro amador que se apresentava na região com peças adaptadas de antigas revistas de teatro. Certo dia a cidade ficou em polvorosa: o Circo Teatro Índio do Brasil, mais conhecido como o “Circo do Pelado” estava chegando!
O palhaço “Pelado”, juntamente com o seu filho, Waldemar Augusto, o palhaço “Bigola” – ambos de Martinópolis-MG – por muitos anos apresentaram seu espetáculo no sul de Minas. Amir – que já tinha experiência de palco – acompanhava o circo apresentando-se como palhaço durante suas férias na antiga fábrica de queijo.
O sonho de Amir era oferecer um ensino gratuito de música para crianças, jovens e adultos. Como não encontrou nenhum apoio resolveu encarar o desafio sozinho. Por vários anos ensinou e formou novos músicos sem ganhar nada! A notícia espalhou-se pela região atraindo a atenção de Jornais e Redes de TV.
A bateria usada para ensinar foi presente de um ilustre filho de Serrania, o jornalista Ney Gonçalves Dias. Com seus alunos, Amir montou a “Banda Show Antônio Miguel Sobrinho”. Essa banda – que também não recebe nenhum apoio – vem se apresentando em algumas cidades da região, ora com alunos jovens, ora com adultos. “A música possibilita que as pessoas fiquem mais sensíveis à vida”, disse o maestro.
Contatos: (35) 3284-1449 / Serrania-MG /BRASIL
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ELMARA, UMA ARTE INFINITA
Machado é uma cidade privilegiada de grandes artistas. Mesmo com a difícil tarefa de conseguir patrocínios e expor as suas obras, eles lutam pelo o seu objetivo. O fanzine Episódio Cultural foi conhecer um desses artistas, a jovem Elmara Helena da Silva, (22 anos) moradora do Bairro da Vila Conceição. Aos 12 anos, começou a fazer cartões em papel vegetal. Seis anos depois aprendeu a pintar em estilo abstrato. Posteriormente fez um curso em tecidos com a artista Dulcilene Gonçalves (diretora da UNIARTMA).
Entre os professores que acreditaram em seu potencial estavam Regina Salles e a artista mencionada anteriormente. Em suas pinturas a óleo, percebe-se a influência de Salles. Alguns desses quadros como a “As Pirâmides” (sua primeira pintura abstrata); A Fênix, Natureza Morta, A Igreja e, Paisagem com Flôres, refletem momentos de profunda reflexão, alegria, misticismo e tristeza.
Seus trabalhos, incluindo pinturas em cerâmica, foram expostos no colégio Iracema Rodrigues, onde estudou. Professores, alunos e visitantes, ficaram muito surpresos. Meses depois, seus quadros foram exibidos na Feira da UNIARTMA (Praça Central); na Exposição do Atelier da artista Regina Salles (Casa da Cultura) e no CESEP, onde atualmente faz o curso de História. Há alguns meses ela escreveu um poema abstrato (baseado em seu quadro, “A Moto e o Sofá”).
Entre os livros ela mencionou as biografias de Pablo Picasso e Frida Kahlo. “Sinto Muito” de Gabriel Chalita; “Educar com Oração” e “Pedagogia do Amor” de Rubem Alves. Seus filmes favoritos são: “Reflexo de uma Amizade”, “A Luta por uma Esperança” e “O Sorriso da Mona Lisa”. Ela já tem convites para expor em São Paulo no ano que vem.
Contatos e patrocínios: Rua Santa Teresa, 98. Fone: (35) 3295-3679 / Vila Conceição. Machado-MG 37750-000 /BRASIL
“A pintura é uma arte infinita. Está sempre mudando. Há um campo, um céu, uma cor diferente que sempre aparece. Nunca é igual...” (Elmara H. Silva)
ANJO NEGRO
Como um relâmpago
Ela entrou em minha vida,
Tão inesperadamente como saiu.
Não me deixou rastros
E nem carta de despedida,
Meu anjo negro retornou às estrelas.
Suas asas cobriram-me,
Seus lábios devolveram-me a vida.
Retirando-me o gosto amargo de viver,
Meu anjo protegeu-me
Pousando em meu coração.
Meu anjo negro retornou às estrelas
Deixando-me órfão
Para abraçar o meu/seu vazio.
Agora sou um prisioneiro sem cela
Que, ao ser despertado pela luz da manhã,
Busca refúgio ao final do dia
À espera do retorno
Que a noite nega-se a permitir.
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*Agamenon Troyan, escritor e poeta
PURA SIMPATIA
A cidade de Machado pode ser classificada como um “celeiro musical”. Aqui cada banda ou grupo tem o seu ideal, respeitando o espaço de cada um. Entre eles, destacamos o grupo de pagode Pura Sensação. Tudo começou quando alguns amigos se uniram para tocar músicas do J. Quest, mas em ritmo de samba. Para alguns isso pode soar estranho, mas nos anos 70, a banda de rock brasileira Lee Jackson já misturava o samba com Rock and Roll.
Como ainda não tinham instrumentos, os garotos do Pura Simpatia começaram seus ensaios improvisando objetos caseiros como: panelas, latas e baldes. O grupo formado por: Gustavo (repique), Alissom (pandeiro), Guilherme (reco-reco), João Tomaz (rebolo, também conhecido como tan-tan), Jônata (cavaco), Vinicius (surdo) e Fernando (vocal), apresentaram-se pela primeira vez na Escola Gabriel Odorico. Durante a festa de São Benedito eles formaram uma roda de samba, alegrando os freqüentadores do Bar do Timôa.
Depois, a convite do amigo Alexandre (Xandi), eles se apresentaram no salão Oxygêneo, ao lado dos grupos Estilo e Arte Natural. A partir daí, o grupo passou a ser bem conhecido.
Além da Liga Machadense, eles se apresentaram no evento “Encontro de Pagode”, realizado na Praça Central de Pouso Alegre. Com o seu estilo moleque influenciado por grupos como Revelação, Jeito Moleque e Exalta Samba, os garotos levaram o público à loucura... Vale ressaltar que nesse dia, eles não conseguiram o tão aguardado apoio da Prefeitura Municipal de Machado. Tiveram que pagar e embarcar às pressas com todos os seus instrumentos a colo, num microônibus fretado por particulares. O sonho que o grupo deseja realizar é de poder um dia tocar no Concurso da Beleza Negra, realizado em Machado.
Terminamos a entrevista com João Tomaz, sintetizando os caminhos a percorrer do grupo: “Nós ainda estamos no chão; comendo terra. Quando estivermos de pé, aí teremos certeza de que o grupo poderá crescer”.
ATRAÇÃO DOS MOLEQUES
Abram alas! Aí vêm o Atração dos Moleques, grupo formado por Diogo (cavaquinho), Jair (repique), Paulo (pandeiro), João (tamborim), Jackson (reco-reco), Cauã (surdo), Gladys (rebolo) e Betinho (violão e voz). Todos se conheceram na escola ligados a um fator comum: o samba. Influenciados pelo Refra, Exalta Samba, Doce Encontro, Jeito Moleque e Revelação, montaram em 2006 o grupo. Os primeiros ensaios eram feitos na casa de Joaquim “Gominho”, avô de Diogo. A primeira apresentação foi na Praça Central durante as comemorações do 7 de setembro.
No dia 22 de dezembro, o grupo vai abrir – com apoio da Unimed de Machado – o show do Face Racial no salão da Dismabe. O evento está sendo organizado pelo DJ Brown. O próximo passo será a gravação de uma demo com músicas inéditas, entre elas “Sem você não sou ninguém” e “Molecagem”.
Contatos: Diogo (35) 3295-4031 (Machado-MG).
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CANÇÕES DA TERRA
Chrystian Dozza Cunha nasceu em Machado em 1983. Aos treze anos ganhou do seu pai (Prof. Pedro Cunha) seu primeiro violão, aprendendo com ele os primeiros acordes. Anos depois passou a ter aulas na Casa da Cultura. Vendo seu desempenho, sua professora o aconselhou a procurar outro mestre, pois segundo ela, já não havia mais nada a ensiná-lo. Em Alfenas (MG) passou a ter aulas com o músico e jornalista Fredera. Aos 15 anos, Chrystian ganhou sua primeira guitarra.
A partir daí passou a influenciar-se musicalmente pelo Rock ouvindo guitarristas como Slash (Guns´n`Roses) e Adrian Smith (Iron Maiden). Juntamente com os amigos Luciano e Wesley, formou o Seventh Steel, a primeira banda de metal melódico da cidade. Em 2001 Chrystian entrou na Faculdade Santa Marcelina de Música e Artes de São Paulo (capital).
Durante uma aula, André (um estudante de Regência) o convidou para tocar na sua nova banda, o Jethro Tull Cover. A banda já se apresentou em Machado dividindo o palco com o Overture. Em 2007, Chrystian pretende fazer seu mestrado nos Estados Unidos e, posteriormente, abrir no Brasil uma escola de música... Graças ao apoio de alguns machadenses que acreditaram em seu talento, Chrystian lançou seu primeiro cd independente de música instrumental, o “Songs from the Land” (Canções da Terra). Podemos classificá-lo como “World Music” (Música Mundial).
O termo foi criado pela crítica americana para designar os discos influenciados pela cultura mundial. Independente disso, “Songs from the Land”, remete-nos ao profundo oceano da alma: “Lachrymãe Pavan” do compositor renascentista John Dowland, que viveu na Inglaterra entre 1563 a 1626. “Elf´s Jig” (A Dança dos Elfos), contendo um pequeno trecho de um poema de William Shakespeare e ”Terra Mãe”, um instrumental que reacende as nossas origens com um dos mais populares ritmos brasileiros: o Baião... A capa foi elaborada pelas alunas Mariângela Ghizellini e Célia Nakabayashi.
Contatos: (35) 3295-1706 ou
O ANJO E A TEMPESTADE
Um trovão retumbante ecoou pelo firmamento
Trazendo consigo mensagens de flagelo e destruição.
O desespero tomou conta do pequeno vilarejo.
Seus habitantes, pegos de surpresa, precipitaram-se.
Os ventos tornaram-se cada vez mais fortes...
Os nobres trancaram-se em seus castelos
Enquanto a plebe disputava espaço em choupanas.
O trovão rugia ameaçadoramente
Apavorando até mesmo o mais valente dos aldeões.
Os tementes suplicaram aos céus por misericórdia;
Crianças, sem mácula, jaziam estáticas de pavor.
O céu escureceu engolindo a claridade,
As trevas e a escuridão uniram-se pelo mesmo objetivo.
Não se encontrava um só profeta,
Nem mesmo um cético,
Apenas futuras vítimas do imutável Armagedon.
Subitamente um anjo apareceu
E tocando sua trombeta
A terrível ameaça fez desaparecer.
Um grito de louvor foi ouvido por todas as nações.
Não pronunciando uma só palavra
O anjo novamente tocou sua trombeta:
Desta vez, versos caíram
Umedecendo de humildade orgulhosos corações.
Poesias cheias de esperança e salvação
Sopraram sonetos
Carregados de amor e afeição...
E nesse milagroso momento,
Eis que nobres e aldeões se abraçaram,
Sem orgulho ou submissão,
Nas ruas, nos bosques,
Nas choupanas e castelos
Agora sem divisão.
.
De: Agamenon Troyan
Segunda-feira, 6 de Abril de 2009
FACE RACIAL: A VOZ ATIVA DO RAP
Os irmãos Paulo César (Paulinho), Luís Fernando (gigante) e o amigo Adriano, formaram em 1998 o grupo A Fúria do Hip Hop. Assim como o Break, o Hip Hop é uma dança de rua, inventada pelos negros americanos. Com a entrada de Marcelo, o grupo começou a trilhar o caminho do Rap; palavra inglesa que significa (trocar idéias; bater um papo). Quando ela se refere à música, passa a significar “Rhythm and Poem”, isto é, “Ritmo e Poesia”.
O grupo então adota o nome de Face Racial, se apresentando gratuitamente em baladas para tornar-se conhecido. O vereador Paulinho do PT, convidou os membros para se apresentarem no Pré-Fest, evento sempre realizado no mês de fevereiro. Com a saída de Adriano, o jovem Eder (back vocal) passou a fazer parte do grupo.
Com o apoio da Equipe Keko Som da Massa, o grupo se apresentou em 2004 nos seguintes eventos: Baile Flash Back (Liga Operária), I Conferência Municipal da Juventude e Excalibur Fest (todos em Machado-MG), além da Noite do Break, em Alfenas. Posteriormente com a entrada do “DJ Marcão”, o Face Racial gravou seu primeiro CD Demo “Periferia Voz Ativa” (com 9 faixas) no Estúdio Renatinho Som.
No ano seguinte, o grupo foi presença marcante em vários eventos: 17° Concurso Regional de Dança, Show Grandes Encontros, Festival da Canção do Cesec, Fórum Municipal da Juventude (todos em Machado) II Movimento Hip Hop (São Paulo/SP), e, no II Vai Tomar No Cuba (São João da Mata/MG). Em meados de 2005o grupo se trancou no Estúdio Fox, do Elton, para gravar o primeiro CD oficial, cujo título será Mundo Violento.
Com a saída repentina de Eder, a vocalista Cristiane passou a cuidar do (back vocal). Segundo Paulinho, o CD agora se encontra em fase final de mixagem... É isso aí! Força para essa galera esperta que acreditou em seu sonho. Quem quiser ser parceiro cultural (patrocinador) do grupo, é só ligar para:
(35) 3295-6386 (BRASIL )
c/o Paulinho ou Luís Fernando.
Fonte: FANZINE EPISÓDIO CULTURAL
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A RELAÇÃO DOS JOVENS COM AS DROGAS
*Ana Lúcia Caetano Lu da Silva
Atualmente, as drogas são o fator principal que está levando nossos jovens à destruição. A dependência química leva-os a matar, roubar e até mesmo a cometerem suicídios.
Mas quem sofre com tudo isso é a família, cujo lar foi destruído pelo vício de um dos seus membros. Para este indivíduo que teve sua vida totalmente alterada pelo uso das drogas, a família, os professores e os verdadeiros amigos têm um papel fundamental para a sua recuperação.
As drogas estão desmoronando os sonhos e, conseqüentemente, acabando não só com a infância, mas também com a adolescência, que é a fase do desenvolvimento até o estágio adulto.
Segundo uma pesquisa, a maioria dos jovens envereda nesse caminho por curiosidade, para diminuir a ansiedade, ou, até mesmo, para esquecer seus problemas.
A juventude está pedindo socorro!
Cabe a todos nós olharmos esse fator agravante com outros olhos, sem criticá-los ou apontar-lhes o dedo dizendo: ”É vagabundo, é bandido, é ladrão...”
Nunca é tarde para começar!
* aluna do 2° Período de Letras
(CESEP/Machado-MG/ BRASIL)
Contato com a faculdade (35) 3295-9500
Fonte: Fanzine Episódio Cultural (Brasil)